terça-feira, 3 de junho de 2008

Dia Cinza

Dia cinza

 

Dia cinza, nessa cidade borbulhante

É borbulhante o pensamento na metrópole ambulante

Nada tem cor, é tudo muito entediante

O nublado desse céu traz atitudes conflitantes

 

O relógio comanda, parecem um bando de mutantes

Correndo pra todos os lados num ritmo alucinante

De manhã muito frio, a tarde sol escaldante

Até a previsão do tempo aqui é itinerante

 

Conviver com a poluição já é irrelevante

Pois o principal temor é a violência do assaltante

Que por outro lado, teve uma infância ignorante

Sua voz de assalto é abafada por buzinas irritantes

 

Cidade camaleão, tudo muda a cada instante

É cada fato que acontece nessas ruas intrigantes

Do sofrimento do mendigo que no frio range os dentes

A displicência do empresário que esquece o seu semelhante

 

Mergulho nesse dia cinza

Pra vê se afogo a minha dor

Vou procurando em cada esquina

Só uma gota de amor